16.10.08

Politica

Pastores americanos pedem que seus fiéis não votem em Obama, diz jornal

Em alguns casos, religiosos recomendaram voto no republicano McCain.
Pedir votos para candidatos no púlpito é contra lei federal.

Os pastores de 33 igrejas dos Estados Unidos pediram a seus fiéis que não votem no candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, nas próximas eleições, o que é uma violação de uma lei de 1954, informaram nesta segunda-feira (29) vários meios de comunicação.


Em alguns casos os pastores estimularam seus fiéis a votarem no candidato republicano à Presidência dos EUA, John McCain, afirma o jornal americano "The Washington Post".


Votar em Obama "demonstra uma grave esquizofrenia moral", disse em seu sermão o reverendo Ron Johnson Jr., pastor da igreja Living Stones Fellowship, em Crown Point (Indiana), segundo o "Washington Post".


Segundo este pastor, as posições de Obama sobre o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo "contrariam diretamente a verdade de Deus, como revelam as Escrituras".


Já Luke Emrich, pastor da igreja New Life Church em West Bend (Wisconsin), disse que votará em McCain, em uma declaração de conteúdo político também proibida pela lei de isenção de impostos, informou o jornal "The Washington Times".


"Mas cabe a vocês decidir. É uma decisão de vocês. Eu não entrarei com vocês na cabine de votação", acrescentou Emrich.


A "CNN" lembrou que uma lei de 1954 proíbe que as organizações isentas do pagamento de impostos, como congregações religiosas, se envolvam em campanhas políticas e declarem apoio a um ou outro candidato.


Jody Hice, pastor da Primeira Igreja Batista em Bethlehem (Geórgia), afirmou que após uma comparação entre as propostas de Obama e McCain sobre aborto e casamento de homossexuais chegou à conclusão de que o "candidato republicano tem uma visão mais bíblica".


O rabino Jack Moline, da congregação Agudas Achim, em Alexandria (Virgínia), e presidente da Interfaith Alliance, disse ao "Washington Post" que não tem objeções a que membros do clero se envolvam em campanhas políticas fora de templos, sinagogas e mesquitas.


"Entretanto, um santuário não deveria ser lugar de agitação política a favor de um candidato. Sobre diferentes problemas, sim, mas não sobre os candidatos", declarou Moline.


O Fundo de Defesa da Aliança (ADF, em inglês) disse em seu site que coordenou a ação de dezenas de pregadores e pastores que disseram no domingo a suas congregações que os cristãos não podem votar em Obama.


Erik Stanley, assessor legal da ADF, grupo com sede no Arizona, disse ao "Washington Times" que centenas de igrejas tinham se oferecido para participar, mas apenas 33 foram escolhidas.



David Pepper, pastor da igreja que Sarah Palin (candidata a vice na chapa de McCAin) freqüentava no Alasca, acredita que os EUA devem ser governados por cristãos. Para eles, a eleição de Palin faria parte de um plano divino.

Arquivado processo contra Deus

Justiça dos EUA arquiva processo contra Deus por não saber endereço de réu

Como não foi possível notificar o Criador, juiz decidiu encerrar processo.
Senador alega que Deus é onisciente e deve ser julgado por 'crimes'.




A Justiça de Nebraska, nos Estados Unidos, decidiu arquivar nesta quarta-feira o processo que um senador movia contra Deus. O juiz Marlon Polk, da corte distrital do condado de Douglas, disse que como o senador Ernie Chambers não informou no processo o endereço do réu, a Justiça não teria como notificar Deus.

No processo, Chambers acusa Deus de gerar medo e de ser responsável por milhões de mortes e destruições pelo mundo. Segundo ele, Deus gerou “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”.

Chambers comentou que Deus fez ameaças terroristas contra ele e seus eleitores. Conforme o senador, ele abriu o processo em Douglas porque Deus está em todos as partes.

"Como a corte não tem condições de notificar Deus, é preciso arquivar o processo", afirmou o juiz Marlon Polk em sua decisão.

Apesar de significar inicialmente uma "derrota", o senador encarou positivamente a decisão. "A corte reconheceu, desta forma, a existência de Deus", afirmou. "Desta forma, uma das conseqüências de reconhecer Deus é admitir sua onisciência. E, se Deus sabe tudo, Deus foi automaticamente notificado deste processo", completou.

Chambers tem agora 30 dias para decidir se vai ou não recorrer do arquivamento do processo.